O terroir é o palco silencioso onde o vinho encontra sua voz.
Nos Valles Calchaquíes, a natureza não sussurra — ela impõe.
Aqui, o tempo é árido, a terra é mineral, o céu não conhece nuvens e o homem escuta mais do que fala. É nesse cenário extremo que nascem os vinhos TARASA: não como produtos, mas como expressões autênticas de um lugar raro.
O terroir de TARASA se sustenta sobre quatro fundamentos. Cada um deles é uma raiz invisível que se entrelaça no caráter dos nossos vinhos:
Altitude
Mais do que uma medida geográfica, a altitude é um elemento vivo em cada garrafa.
Nossos vinhedos estão entre 1.650 e 2.400 metros acima do nível do mar. Essa elevação extrema reduz a pressão atmosférica, amplifica a insolação e cria uma oscilação térmica acentuada entre o dia e a noite. O resultado? Uvas com acidez vibrante, aromas intensos e taninos elegantes.
Na altitude, o vinho respira devagar e amadurece com precisão.
Solo
Pedra, areia, cascalho.
O solo nos Valles Calchaquíes é pobre em matéria orgânica, mas rico em história geológica. A drenagem é rápida, forçando a videira a buscar nutrientes em profundidade. Isso gera frutos mais concentrados, cascas espessas e vinhos com personalidade mineral, muitas vezes salgada.
É no desconforto do solo que nasce a virtude do vinho.
Clima
Sol em excesso. Chuva em escassez.
O clima desértico da região garante mais de 320 dias de sol por ano e índices de precipitação inferiores a 200 mm anuais. O controle natural de pragas é um presente, e a maturação fenólica é completa. A luz intensa promove a formação de compostos aromáticos e polifenóis.
Aqui, o sol não bronzeia: ele transforma.
O Homem
O quarto pé do terroir não vem da terra, mas da alma.
É o homem — com sua decisão de plantar, colher, esperar. São gerações de viticultores que conhecem o som do vento, o silêncio das vinhas e a hora certa de não fazer nada. Na TARASA, respeitamos essa herança. Nosso trabalho não é interferir, mas permitir.
Entre a videira e o vinho, existe uma escuta. E ela é humana.
